Em segundo lugar ficou a Acadêmicos do Tucuruvi, cujo enredo homenageou os nordestinos que vivem em São Paulo. A Unidos de Vila Maria ficou na terceira colocação – a agremiação levou para o sambódromo um desfile sobre o Teatro Amazonas, símbolo da riqueza gerada pelo ciclo da borracha no Brasil no final do século XIX. Tucuruvi e Vila Maria obtiveram notal final 269,25.
Enredo – A tradicional escola do Bixiga levou para o sambódromo alegorias luxuosas e contou com a animação do público presente ao Anhembi para animar o desfile. A apresentação da Vai-Vai foi marcada por correção técnica em praticamente todos os quesitos – com exceção ao carro abre-alas, que se mostrou largo demais para vencer os 10 metros de largura da avenida e sofreu avarias durante a apresentação.
O homenageado da escola é conhecido como um dos maiores intérpretes do compositor alemão Bach (1685-1750) em todo o mundo. Martins teve trajetória de vida complexa: uma lesão em um nervo da mão direita e um tumor na mão esquerda atrapalharam seu trabalho como pianista, o que o levou à carreira de maestro. Os movimentos reduzidos na mão o impedem inclusive de virar as páginas da partitura; por isso Martins decora sinfonias inteiras antes de regê-las.
A novidade da Vai-Vai neste carnaval foi a contratação do carnavalesco Alexandre Louzada, quatro vezes campeão do carnaval carioca à frente de escolas como a Mangueira, Beija-Flor e Vila Isabel. A escola volta a conquistar o título do Carnaval paulista após um jejum de dois anos. Em 2009, a Vai-Vai havia sido campeã com o enredo Acorda Brasil, que retratou na avenida como a música pode ser utilizada como instrumento para educar jovens.
Fonte: Veja