Série: A Corte Portuguesa no Brasil - Cap 7 - A Adaptação dos Brasileiros à Corte

Os sentimentos de vassalagem dos fluminenses se exprimem pelos muitos e gordos donativos feitos para sustentar o dia a dia da corte que era de manutenção caríssima e contínua, só em aves para a alimentação gastavam-se 75 contos de réis por mês, e, praticamente o rei não tinha nenhuma outra renda além da concessão das mercês, franqueada aos vassalos, como já era praxe em Portugal desde D. João 5o, 24o rei de Portugal, (1706-1750), e que era o principal capital econômico de que dispunha a monarquia para sobreviver. Em 1800 conseguia-se em Portugal, o Foro de Fidalgo por 25.000 cruzados e o Hábito de Cristo por 5.000 cruzados.

Série: A Corte Portuguesa no Brasil - Cap 8 - A Quinta da Boa Vista

D. João se instala na Quinta da Boa Vista (São Cristóvão) que recebe em doação do comerciante Elias Antonio Lopes, e a quem ele confidenciou maravilhado (sic): Eis aqui huma varanda Real, Eu não tinha em Portugal cousa assim. Porém, essa casa não convence como residência real a John Luccock que a considera: acanhada e pretensiosa, mal construída e pessimamente mobiliada. Dona Maria fica no convento do Carmo. Carlota Joaquina fica na antiga sede do vice-reino no centro da cidade, que vira o Palácio Real, com 63,98 m. por 23,76 m. de área, sendo absolutamente desprezível como habitação real: um casarão sem nenhum mérito arquitetônico. Em 1817 a comitiva austríaca de dona Leopoldina se decepcionará com o palácio, que acha sujo e malcheiroso reclamando do estrume no terreno do paço e das nuvens de insetos que atraíam e comentam que: qualquer fidalgo alemão provinciano dispõe de uma residência mais bonita.