Os brasilienses Taís Vidal de Oliveira Feijó e Arthur Duarte França começaram a namorar na escola, quando ela tinha 14 anos e ele, 15. Um ano depois, Taís descobriu que estava grávida. "Só pensava em como contaria para os meus pais. Só tive coragem de falar quando já estava com sete meses de gravidez", lembra. A filha, Isabella, nasceu em 2001. O namoro acabou um ano depois. Com ajuda de sua mãe, que cuida da criança e paga as contas, Taís pôde continuar a estudar. Ela começa neste semestre a cursar direito e Arthur vai prestar vestibular para o curso de marketing. Os dois namoram outras pessoas, mas se vêem todos os dias por causa da filha. "A Isabella passa metade do tempo comigo e a outra metade com o pai", diz Taís.
Qual a responsabilidade dos pais dos adolescentes numa situação como essa? Da mesma forma que não há uma fórmula mágica para garantir que os filhos serão pessoas felizes e bem-sucedidas, não há receita de como prepará-los para a chegada precoce de um bebê. Quando ocorre a gravidez inesperada, não adianta pressionar os jovens nem pensar em obrigá-los a casar. A decisão de levar adiante ou não o relacionamento deve partir do casal. Mas o apoio dos adultos é um fator decisivo para o jovem assumir ou não a criança. Aos 17 anos, a estudante paulista Lina Braga Santin descobriu que estava grávida. Na época, ela terminava o colegial, trabalhava como modelo e curtia a relação com Luciano, de 20 anos, seu namorado desde os 13. Ter um filho definitivamente não estava em seus planos. "Eu sonhava em ser mãe um dia e, após o susto, comecei a ver meu desejo se realizar", diz ela. Lina conseguiu terminar o colegial e em seguida entrou para a faculdade de direito "com o barrigão". Hoje, dois anos depois, ela freqüenta o curso à noite e faz estágio à tarde. Enquanto isso, seu filho, João Gabriel, de 1 ano e 2 meses, fica com a babá. Lina e Luciano não estão mais namorando, mas ele mora a um quarteirão da casa dela e sempre visita o filho.
Fonte: Veja