Resumo do livro: A casa da Madrinha - Parte 1

A Casa da Madrinha apresenta uma história infanto-juvenil que gira em torno de um menino
da periferia do RJ e um pavão 'diferente'. Ao final no nos fica umas lições muito importantes,
que é o poder que cada criança, ou ser humano detém em si, porém nos nossos dias
conturbados e invadidos pela mídia se encontra relegado ao esquecimento, que é o de brincar
com o imaginário, com a fantasia.


Alexandre, protagonista da história, encontra-se numa cidadezinha do interior. Traz consigo
uma caixa de sorvete contendo utensílios domésticos: garfo, colher e faca 'e tinha também um
toco de lápis, um livro de história, uma caneca e uma panela'. Embaixo de uma mangueira, o
garoto faz o maior suspense para apresentar seu grande número:


'- Atenção, atenção! Vocês já viram um pavão? Aposto que não. Ainda mais um pavão como o
meu: ele fala, ele dança, ele sabe fazer música, ele é genial!'


Todos olham em volta, procurando o pavão e nada vêem, Alexandre se aproveita da
curiosidade para pedir donativo.



Recebe como pagamento do show: bananas, balas, flores...Mas dinheiro, nenhuma moeda.


Enquanto o espetáculo vai transcorrendo, Vera se achega às pessoas, curiosa por saber como o menino fará para apresentar tudo o que Alexandre anuncia. Com truques que ninguém
desconfia, o pavão satisfaz as expectativas do público, a ponto de no final o animal recitar o
Verso da Despedida, na língua dru, língua falada por pavão. É o que pede o seu fiel amigo
pavão.


Animados, os espectadores jogam o dinheiro no chão.


Após essa dança derradeira, o Pavão desmaia de cansaço. O povo começa a retirar-se,
enquanto Alexandre vai desembrulhando os donativos e comendo-os. Vera não foi embora,
ficou, pois queria saber dos mistérios da mágica do Pavão. Quis saber o que existia além da
cerca que avistava. Vera não soube responder porque só conhecia até a cerca.


Alexandre se admirou pela falta de curiosidade de Vera, que nunca foi além da cerca, porque
todos diziam que não deveriam ultrapassá-la. Em seguida, a menina interroga Alexandre
sobre as suas origens, ao saber que foi morar na cidade do Cristo Redentor.


Pela correspondência que mantém com a prima, fica sabendo que naquela cidade as crianças
não conhecem bichos como coelho, paca, tatu e galinha, 'só assada na mesa já pronta pra
comer'.


Vera diz que mora no fundo de uma plantação de flores, à margem de um rio, que mais tarde
lhe mostrará todas as belezas do lugar. Vera 'espiou Alexandre de rabo de olho. Ele era mais
queimado do que ela, mais alto, falava mais gostoso, tinha roupa velha e pé no chão'.


Alexandre informa à menina que encontrou o Pavão no caminho da casa de sua madrinha.
Vera fica triste, ante a expectativa de não mais ver nem conversar com Alexandre, por que já
tinha muita estima. Passam a conversar sobre a vida do garoto, enquanto morava no RJ.
Conta-lhe da sua vida de vendedor ambulante, em sinaleiras e praias da capital. Conta das
dificuldades, que não eram só dele, pois havia muitas outras crianças na mesma situação.