Dicas para ser um bom estudante

Qual o segredo para que um estudante melhore seu rendimento escolar? O drama da nota vermelha numa matéria ou o fiasco generalizado, daqueles de fazer o aluno esconder o boletim dos pais, podem ter várias explicações. A mais comum – faltou estudar mais – é relativamente simples de reverter. Basta um pouco mais de seriedade e dedicação para que os resultados apareçam. A questão é mais complexa quando o aluno passa horas debruçado sobre os livros e, mesmo assim, não consegue melhorar suas notas. Uma dica sugerida pelos que já deram a volta por cima é reavaliar o método de estudo. Henrique Copelli Zambon, de 16 anos, viu aumentar suas médias depois que se engajou na construção de um carro movido a energia solar. Com o trabalho escolar, ele passou a adotar nas outras disciplinas a mesma estratégia usada em física. Hoje, Zambon concentra-se ao máximo na hora de estudar, não leva mais dúvidas para casa e evita decorar a matéria.


Foi-se o tempo em que os jovens encaravam os estudos com desinteresse, como se fossem apenas mais uma imposição dos pais. Levantamento com 2 098 adolescentes de sete capitais indicou que, para 95% dos entrevistados, estudar é a coisa mais importante da vida deles. A pesquisa mostrou ainda que a maioria é crítica em relação à qualidade de ensino, o que demonstra a determinação da nova geração de estudantes. Mesmo assim, há várias armadilhas no caminho da formação escolar – como as notas baixas.


Elas costumam surgir com maior freqüência na puberdade, quando o jovem passa por modificações significativas, como a transformação do corpo, o aumento do interesse pelo sexo oposto e a construção da identidade. O adolescente não entende por que tem de estudar tanto se existem coisas mais interessantes a sua volta. A participação dos pais pode ser decisiva nesse momento crucial do jovem. Cabe a eles manter um ambiente em casa que valorize o conhecimento e permita ao estudante estabelecer ligação entre os conteúdos aprendidos na escola e o mundo real. Tudo isso ajuda a despertar a curiosidade e o prazer de aprender. O bom desempenho dos alunos depende mais de motivação que de sua capacidade intelectual ou da qualidade da escola. Ou seja, basta um empurrão. 


10 dicas para melhorar no estudo:

  1. Participe da aula, preste atenção, tome nota e não tenha vergonha de fazer perguntas.
  2. Monte um plano de estudo, prevendo o que vai estudar ao longo da semana.
  3. Faça as lições de casa no dia e deixe um tempo para revisar o que aprendeu na aula.
  4. Estude no horário em que está mais atento e disposto. Não deixe para as horas em que tem sono ou está cansado.
  5. Descubra qual técnica de memorização funciona para você: falar em voz alta, fazer resumos, montar esquemas, exercícios, dramatização ou estudar em grupo.
  6. Procure outras referências sobre o assunto que está aprendendo para ampliar seus conhecimentos, como livros, revistas e filmes.
  7. Aproxime-se de um professor, pesquisador ou profissional que domine o assunto de seu interesse.
  8. Tenha o hábito de refazer os exercícios que errou nas provas e entenda por que errou.
  9. Prepare na véspera a mochila da escola. Verifique os cadernos e livros de que vai precisar e se todas as lições estão feitas.
  10. Reconheça seus pontos fortes e fracos, as áreas em que tem mais habilidade.
Como os pais podem ajudar


  • Envolvendo-se na vida escolar do filho. Pergunte o que ele aprendeu e como isso pode ser importante na vida dele. 
  • Dê o exemplo. Leia livros, jornais, ouça música, veja filmes e espetáculos de qualidade.

     • Mostre a seu filho que ele é capaz de solucionar problemas, em lugar de resolver por ele.
     • Não pressione. Pai fiscal não funciona.
     • Fique atento às datas de provas. Leve-as em conta na hora de programar viagens e atividades familiares.
     • Seja tolerante com erros. Tente fazer com que seu filho aprenda com eles.
     • Tire proveito do vínculo de seu filho com os amigos. Convide-os para assistir a um filme ou a um show que possa ser relacionado aos assuntos escolares.
     • Antes de recorrer a aulas de reforço escolar, veja se o jovem é capaz de superar a deficiência sozinho.